A DECISÃO É DO TJ (TRIBUNAL DE JUSTIÇA ) DO RIO GRANDE DO SUL. Esta decisão foi a pedido de uma mulher que convivia com um homem casado, quando requereu reconhecimento de união estável com partilha de bens. Vejam os detalhes do indeferimento deste seu pedido: ( do site -Última Instância).
TJ gaúcho nega união estável a mulher que vivia com homem casado
” O TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) negou pedido de constituição de união estável, com partilha de bens, a mulher que alegou conviver em união estável com homem casado.
De acordo com o Código Civil, é preciso que a convivência entre homem e mulher seja contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Caso
A autora sustentou que viveu com o apelado de meados de 1988 até outubro de 2010, como marido e mulher, e que construíram patrimônio comum. Alegou, ainda, que o homem era separado de sua esposa, sendo cabível o reconhecimento da união estável, com a partilha dos bens adquiridos na constância do relacionamento.
O recorrido disse que a autora da ação sempre soube de seu casamento e afirmou que manteve um caso amoroso com a mesma, mas sem constituição de patrimônio comum. Declarou ainda que, mesmo que tivessem união estável, nada seria partilhado, pois os bens decorreram da venda de objeto existente antes da relação e de recebimento de herança.
A autora teve o pedido negado na Comarca de Gaurama. Inconformada, apelou ao TJ.
Recurso
O relator, desembargador Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, votou por manter a sentença de 1° Grau, considerando que o reconhecimento da união estável solicitada pela autora é juridicamente inviável.
Em seu voto, o desembargador ressaltou que não restou comprovado, em momento algum, que o homem estivesse separado de fato da esposa. Ficando comprovado, isto sim, é que ele mantinha concomitantemente relação tanto com a autora, como também com a esposa, com quem convivia.
(MOTIVO TÉCNICO DA RECUSA.)
Portanto, não se poderia mesmo cogitar de união estável paralela ao casamento, pois, o ordenamento jurídico pátrio não admite a bigamia, que constitui ilícito civil e penal. E, se não se admite dois casamentos concomitantes, obviamente não se pode admitir casamento concomitante com união estável, nem duas uniões estáveis paralelas.
O magistrado também explicou que a alegação da autora da existência de conta conjunta e manutenção do plano de saúde pode estar diretamente ligada à atividade profissional que ela exercia na empresa do recorrido. Conforme os autos do processo, a união estável teria iniciado no mesmo ano em que ela começou a trabalhar na empresa dele. ”
RESULTADO DO RACIOCÍNIO DA DECISÃO JURÍDICA. Caso fosse reconhecida a UNIÃO ESTÁVEL, neste caso, estaria se instituindo a BIGAMIA por via judicial, o que seria impossível, já que nosso código civil, IMPEDE A BIGAMIA, ou seja, a possibilidade da pessoa casar-se DUAS VEZES.